Eu quero saber se sou feliz.
Eu quero saber se protestar
faz a gente, de vez, largar fuzis.
Eu quero nascer junto do sol
morar nas cachaças que ingerir
e depois o lamento vou cantar, cantar, cantar.
O vento leva a poesia embora
e o canto fica mudo ao perguntar:
Se o homem num tropeço acende a guerra
que paz há de encontrar ?
Eu quero saber se sou daqui.
Eu quero saber se resistir
faz a gente de vez viver feliz.
Eu quero morrer junto do mar
levando a fumaça que tossi
e depois do silêncio vou beber
a paz, a paz, a paz.
Eu quero saber, tenho direito, eu quero saber.
Nenhum comentário:
Postar um comentário