Olhos firmes na mira, o alvo é fácil,
Brincadeira de criança.
E cai mais um bastardo.
Ninguém ampara o corpo morto.
É estudante ? É operário ?
Questionam os jornais, os padres os policiais,
Os menestréis.
A bandeira é tingida de vermelho.
Não o ideológico, não o comunista.
Mas o biológico, o vermelho sangue, o vermelho vida.
Caminham uniformes prepotentes,
Baionetas balançando na cintura.
Olhos firmes na mira, brincadeira de idiotas, patriotas.
Escudos protetores, opressão da ganância.
Anseiam poder e riquezas,
Das profundezas da carne ao espírito.
Cai mais um no asfalto.
Olhos firmes no céu.
Buscava a liberdade, buscava a paz.
Brincava de ser gente, morreu réu.