segunda-feira, 4 de maio de 2009

Tarde demais

Sou palhaço na ribalta da vida, disfarçado de espectador.
Pinto meu rosto na esperança inútil do espelho quebrar minha dor.

Ando pelas ruas com passos de executivo mas sou executor
Executei minha própria felicidade, por viver na vaidade.

Ontem não fui nada que eu não quisesse ser.
Hoje sou tudo o que pretendi.
Amanhã serei somente o que me restará pra ser
Ninguém, ninguém além de mim.

Para fazer nada em lugar algum feito um palhaço no picadeiro,
Lá também não serei mais do que mais um
e então na certa eu chorarei.

Mas será tarde, tarde, tarde demais!
pra sobre-morrer a vida
Mas será tarde, tarde, tarde demais,
tarde demais, tarde demais.

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