Era uma vez uma madrugada calma e enegrecida
Pela ausência da lua.
Houve quem buscasse nela o prazer dos sonhos
E perambulasse pela rua.
Neste silêncio, como em todas outras ausências,
Era intenso o meu tédio e nele eu traduzia meu valor.
Andei por várias praças e avenidas ao som das luzes extrovertidas
E sob a luz do roncar dos carros.
Eu conheci a verdade e a mentira entre um trago e outro no cigarro.
E na fumaça embaçada e branca distingui as formas
E o conteúdo do meu pensamento.
Foi sem dúvida uma madrugada calma.
Mas em meu peito aprisionei minha alma no seu revoltante inconformismo.
E transbordante fiz-me aflito,
Por conflitar o que eu via com o que eu pensava.
E eu só estava pensando em mim.
Olá Roberto,
ResponderExcluirSair do mesmo lugar por vezes pode ser difícil, mas sumamente necessário - como o fazes.
Abraço