segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

A culpa

Sofre, sofre condenado do infortúnio,
Fruto de um coito sem amor.
Cabisbaixo segue seu caminho
sem culpas mas com toda a dor.

Mira-se no espelho da realidade
Percebe que sofre mas não sabe porque.
O porquê do seu sofrimento
Se não teve culpa de nascer.

Anda triste e desconsolado
Sem Ter a quem recorrer,
Pois por ser fruto de um pecado
Nunca mereceu viver.

O coito que o gerou sem piedade,
Outros ainda gerará
Pois este mundo em si é um pecado
E o homem para sempre o alimentará.

A culpa não tem dono nesta hora.
É mera questão de oportunidade.
Um bastardo já é um culpado
Portanto não deve ser recolhido
Pela exemplar comunidade.

Melhor dar carinho aos animais.
Das mães não terão nenhum afeto
E pelos pais não esperarão jamais.

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