terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Amigo, irmão

1995 - Ao Jorge Manuel Andrade Granado, amigo e irmão.



Voa amigo, voa sem destino,
Pássaro que és, branco e clandestino
Neste mundo e em qualquer lugar.

Que representas, bondade e inocência de pureza e paz.

Vai meu irmão, mas fica onipresente,
Como seu carisma se espalha
E retorna sempre feito um perfume.

Que como eu estão saudosos da sua presença
Tão criança, tão zelosa.

Voa meu etéreo amigo das noites mal dormidas,
Do sonho adolescente a ser vivido
Em qualquer ponto de qualquer lugar.

Amigo das canções ilustradas com poesias,
Encantadas por canções de amor demais.

Flutua, suave pluma lusitana,
Brasiliano negro de olhos verdes
De Santo Amaro e Salvador.

Deixa fluir sua voz Beatlemaníaca,
Pelos seus ídolos Chicos e McCartneis
Nestes nossos Armazéns, Raibows e Festivais.

E breve ___ chama que nos consola ___
Poderemos de novo Caetanear.

Estás entre nós, nas telas coloridas,
Nas tintas, no som do teu Blues,
Nas palavras-poesias, nas cartas do Crapô,
Na luz que nos ilumina.
Estarás brincando no céu com diamantes,
Palestra verde e branco instigante,
Nossa música não se acabou.

2 comentários:

  1. Beto, querido, que poema lindo!! Pareceu-me uma despedida... Com o perfume de uma lembrança. Beijos da amiga.

    ResponderExcluir
  2. Sim querida amiga. Foi uma despedida há muitos anos de um anjo que nos deixou e foi brincar nos céus com diamantes. Era um amigo-irmão mesmo. Nos formamos juntos, trabalhamos juntos, compusemos juntos, tocamos e cantamos juntos, enfim, ainda está comigo eu sei. Bjs

    ResponderExcluir