sábado, 13 de junho de 2009

Marajás da capital


As pedras estão rolando dos barrancos horríveis dos quintais,
Das casas dos fedelhos dos morros das Rocinhas da cidade dos carnavais.

O ouro vai matando nos barrancos horríveis dos quintais das terras do
Garimpo dos coitados dos barbeiros, sapateiros, cozinheiros, etc. e tais .

Não há nada de novo nesta febre de endemia,
Nesta merda de poesia que hoje beira o caos.
Então porque eu vejo as mesmas coisas como antes,
Com barbantes, cordas, algemas e o escambau ?

Os bichos vão morrendo, as crianças se perdendo,
Os adultos se sentindo anormais,
Na terra dos duendes comunistas, cães capitalistas de fantoches ancestrais.

E as pedras vão rolando nos caminhos difíceis da moral,
Enquanto as estrelas vão dizendo o que fazer e defendendo seu status,
Marajás da capital.

2 comentários:

  1. Roberto,
    Contundente, triste, por ser uma realidade, infelizmente presente.
    O poeta é também um crítico de todo o estado de coisas.
    Beijos

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  2. Roberto,
    Triste, real e maravilhoso!!!
    simplesmente amei.
    beijos
    16 de junho de 2009

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