Olhe, soldados todos somos iguais.
Pés nas botas, fuzis e animais.
E não adianta esquecer, blasfemar,
Se o que você é sempre será.
E a fome não irá te perturbar em nada,
Nem mesmo a mulher que foi coitada
Irá te perturbar se você a amar.
Somos gente, braços e pernas iguais,
Alma e corpo animais.
E não importa a quem blasfemar
Se você sempre será.
Somos filhos, pais, irmãos em vidas,
Curamos nossas próprias feridas
E ainda sangraremos mais
Se não acreditarmos na paz.
Olhe o povo, soldados todos somos,
Marcados pelos estilhaços que fomos,
Fragmentos do sonho irreal
Que procuramos entender por mal.
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