terça-feira, 7 de julho de 2009

Livre arbítrio


Hoje eu vou pensar no mundo que virá.
Hoje eu vou correr, lutar até sangrar.
Hoje eu vou fazer arder o fogo são
Que ateado à roupa desta gente é vão.

Hoje eu vou despir a cara da vergonha,
Vou mostrar ao mundo a força de uma voz.
Vou andar descalço numa maratona,
Vou beber um rio buscando sua foz.

Hoje eu vou sentar tijolo em terra firme,
Navegar jangadas pelo alto mar.
Acender a lua deste céu nativo
Libertar cativos deste mau olhar.

Quero indenizar a perda dos sentidos,
Monopolizar as águas minerais
E perpetuar a voz do meu partido
Poetando a noite cheia de cristais.

Vou tecer poemas para minha amada.
Vou buscar nas letras meu pombo real.
Vou sonhar manhãs num paraíso verde
Éden de uma raça que é racional.

Na escrivaninha vou passar meus tempos,
Transportando a luz do sol para um papel.
Muitas entrelinhas não serão escritas,
Mas serão visíveis para o azul do céu.

Agora terminando aqui com toda esta rima,
Vou comer detalhes: Coisa natural!
E pensar no tempo que se aproxima
Antes que ele passe e me seja fatal.

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