quarta-feira, 25 de maio de 2011

Falência

E o moço padeceu horrores
Sangrou sangue vivo, vermelho enquanto esperava.

Desciam as escadas velhos rostos
Enrugados e carrancudos penando de dó.

Lá estava ele, olhos miúdos,
Sentado quase moribundo esperando, só.

Alguém gritou seu nome,
De dentro da sala ao lado e ele levantou cambaleante.

De pé, feito estátua sorriu,
Riso frouxo e fraco, e ouviu.

Saiu minutos depois,
Cabisbaixo como entrou e no corredor viu o sol.

Depois nunca mais.
Só viu ferros verticais, e esqueceu.

Um dia alguém o chamou,
Dizendo que poderia sair e ele saiu.

Olhos brancos de pó,
O sol o cegou de repente e ele faliu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário