quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Alucinação


Amei na loucura de um sonho que se desmanchou
No tempo e me fez passivo.
Choro como um pequeno triste e a mulher amada
Que ainda existe, morre em mim.

Acabou o desejo de amar, findou a noite de sonho
E achei tanta miséria dentro de mim.
Ela viaja no espaço sem tempo marcado.
Só o silêncio da verdade encravado no peito pede clemência.

Viajarei também na imensidão esférica da minha cabeça.
Tudo gira como no globo da morte.
As luzes são coloridas e brilhantes no centro da minha retina.
Uma fumaça uniforme embaralha cada vez mais a imagem
Da santa prostituta de espíritos. É meu asteróide de imaculados
Beijos e dourados encantos que exala o perfume do incenso da paz.

Uma pedra é Deus. Deus é um gemido.
Não existe a morte, só a viagem.

A fraqueza do ser humano envolvida no som e no fumo verde.
Só importa o eu. Nada de paz ou amor.
Falsos pensamentos de tédio e desventuras.
Paralisação do raciocínio e ilusão do ego.
Visões, alucinações, coitos de dor.

Miserável mundo novo.

Velas acesas dentro de uma mente confusa e fria.
Vadio e covarde homem racional.
Loucura de alucinação.

Um comentário:

  1. Olá, amigo poeta! É impressão ou está triste? Triste ou não, talentos tem. Desejo-lhe um ótimo fim de semana e volte na próxima semana, ainda mais inspirado.

    Abçs
    Adriana

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