quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Agora eu me conheço

Quero ficar diante do papel produzindo palavras.
Depois quero saber que os leitores me adoram.
Tenho necessidade de aparecer, sempre como herói,
Como salvador. Odeio ouvir não.

A angústia já faz parte de mim, me pertence, me escraviza.
O que me satisfaz não são coisas complexas,
Na verdade, são coisas muito simples.

O sol da tarde, tardiamente já se vai.
Mas eu não gosto de sol. Não gosto de calor.
Sou uma chama perdendo o ardor.
Sou um covarde perdendo batalhas e ficando
Escondido atrás do estável.

Quem me dera ser eu mesmo.
Transformar em ação as vontades,
Os desejos mais sombrios.

Sou um parasita que tem nos princípios
Ortodoxos um hospedeiro.

Aparência, é só aparência minha postura autoritária.
Sou, na verdade, governado pelos sentimentos dos outros.

Quem me dera ser autêntico, senhor de mim mesmo !

Quem me dera !

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