Começa o espetáculo,
Gritos esparramados pelo ar,
Bocas sem dentes inteiros,
Gente usando os banheiros,
Corpos caindo ao mar.
Alguém berra nome feio,
Vem o guarda prender e calar.
Tem muita dor de cotovelo,
No pau tem bicho barbeiro
Não custa recomeçar.
Atiro a ponta do cigarro,
Cuspo no chão e passo o pé.
Viro as costas, vou andando,
Não calo mesmo e vou cantando
Pras pernas da minha mulher.
Lá chegando, sem espetáculo,
Na televisão tem futebol,
Atiro-me no meio delas
E tomo um drink de formol.
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